O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, protocolou um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira (3) para que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido se baseia na alegação de risco de fuga, especialmente após declarações da deputada Carla Zambelli, que afirmou ter deixado o Brasil e não pretende retornar.
Lindbergh destacou que Bolsonaro, além de Zambelli, está conectado a Eduardo Bolsonaro, que atualmente se encontra nos Estados Unidos. O deputado petista argumenta que o ex-presidente tem demonstrado comportamentos que indicam periculosidade processual, o que poderia comprometer a instrução criminal e a ordem pública. Ele solicita também a restrição de acesso de Bolsonaro a embaixadas, consulados, aeroportos e outros locais sensíveis.
O documento menciona que Bolsonaro já foi alvo de uma representação anterior por ter contatado o ex-vice-presidente Hamilton Mourão na véspera de seu depoimento em um processo. Lindbergh enfatiza a necessidade de impedir o acesso do ex-presidente a locais que poderiam facilitar sua fuga ou articulações contra o Estado brasileiro. O pedido foi encaminhado ao Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, e ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Além disso, Lindbergh pediu a prisão de Zambelli e a cassação de seu passaporte diplomático. A parlamentar, que se encontra fora do Brasil, declarou que pretende atuar internacionalmente, similar ao que faz Eduardo Bolsonaro, denunciando ministros do STF. Zambelli enfrenta condenações e processos que ameaçam sua carreira política, incluindo uma sentença de dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça.
D1 com Folhapress
