MÉDICOS EM PERIGO: Violência nas unidades de saúde preocupa profissionais da Paraíba

A violência contra médicos no Brasil se tornou uma preocupação crescente, com um caso registrado a cada três horas. Na Paraíba, a situação é igualmente alarmante. Segundo um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), entre 2013 e 2024, 4,9 médicos a cada mil foram vítimas de agressões físicas ou verbais no estado. De janeiro de 2023 até o momento, foram registrados 68 boletins de ocorrência que incluem ameaças, lesões corporais, desacato, injúria, calúnia, difamação, constrangimento, perturbação e até furto.

O presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba, Dr. Tarcísio Campos, destaca que a violência não se limita às agressões físicas. Ele menciona também o assédio por parte de gestores de unidades de saúde. “Infelizmente, a população transfere sua frustração com a ineficiência do sistema de saúde para os médicos”, afirma Dr. Tarcísio.

Diante desse cenário, o presidente orienta que, em situações de ameaça, os profissionais devem agir com cautela, evitando reações impulsivas. Ele recomenda que busquem a administração da unidade, chamem a segurança e entrem em contato com o sindicato e o Conselho Regional de Medicina. Para abordar essa questão, o SIMED-PB está organizando um fórum para discutir a violência nas unidades de saúde, enfatizando a importância da conscientização tanto dos médicos quanto da população.

Em nível nacional, o cenário é igualmente preocupante. Em 2023, o Brasil registrou quase 4 mil casos de agressão a médicos, resultando em uma média alarmante de 11 ocorrências por dia. As mulheres, em particular, são as principais vítimas, representando 47% dos casos.

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